Durante discurso na Tribuna, na câmera de vereadores de Salgueiro, o vereador Tiago Arraes (MDB) fez duras críticas à atual gestão municipal ao destacar que, na próxima semana, serão completados 150 dias do novo governo. Arraes questionou o protagonismo dado ao prefeito e cobrou maior atenção às necessidades reais da população. “Muitos parabenizam o prefeito, mas onde fica o povo nessa história?”, indagou.

Ao analisar o programa de governo, o parlamentar citou o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), recurso federal que deveria ser usado para aquisição de materiais escolares, mas apontou que a merenda teve sua qualidade reduzida, possivelmente como medida para contenção de despesas. Ele também lamentou a falta de manutenção nas estradas da zona rural, dizendo que a situação poderia ser resolvida com a simples locação de máquinas.

Arraes denunciou que tem sofrido tentativas de intimidação por atuar como vereador da oposição, reafirmando seu compromisso com o papel fiscalizador. Ele ainda comparou a atual administração com a anterior, destacando que a escassez de medicamentos nas unidades de saúde persiste, citando como exemplo a falta de losartana e hidroclorotiazida, mesmo diante de tentativas de normalização do problema.

O vereador criticou a inauguração recente de um espaço voltado ao cuidado animal, afirmando que o município já dispunha de um centro semelhante e que o prometido era a criação de um Centro de Zoonoses, o que não ocorreu. Ele também cobrou a contratação de especialistas de fora para atender crianças atípicas que ainda aguardam por atendimento.

Outro ponto mencionado foi a reforma do Funpressal, medida que, segundo Arraes, não estava prevista no plano de governo, mas foi uma das primeiras ações do novo governo.

Encerrando sua fala, Tiago Arraes reafirmou seu compromisso com a população e criticou o foco da atual gestão em culpar a oposição e a gestão anterior. “Muitas promessas foram feitas para garantir a vitória nas urnas, mas hoje vemos que não podem ser cumpridas. Em vez de trabalhar, preferem apontar culpados”, finalizou.